sexta-feira, 8 de julho de 2016

Crônica simples

 Solidão (julho 15,2015)
Interessante pois precisei de uma sugestão de uma amiga para escolher esse tema. Solidão. Uns a evitam, outros a desejam. Não a vejo com menosprezo. Se pensar no sol como exemplo maior de sua expressão, é a sua distância que me mantém vivo. Tem momentos que necessito ficar só. Busco energia para só depois atrair os outros para perto de mim. Se bem que  assim diferencio-me da estrela maior porque, no final, quero todos comigo; no final, não quero ficar só.
 
 O sentido da felicidade ( novembro 11,2011)
 
Só assim mesmo para retornar de tanto tempo; necessitei forçar-me a compor essas palavras e, ainda por cima, em um tema mais que difícil. Pra mim felicidade não é apenas a ausência da tristeza, vale mais que isso. Aquela criança abre um sorriso quando vê a folha cair na cabeça do velhinho; que bom que o velhinho ri por contribuir com aquele sorriso. O rapaz fica feliz com a promoção em seu emprego, a garota fica feliz quando ele nota seus três mínimos centímetros de corte de cabelo. Há quem me disse que a felicidade não existe; nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo que nunca temos, admiramos algo que nunca teremos; esse prazer estampado nesse sorriso é muitas vezes resultado de benfeitoria em nós mesmos, nunca nos outros. Talvez fazer algo de coração, por mais mínimo que seja, seja um bom caminho pra começar o dia. De preferência em que quem saia mais ganhando, na verdade, seja o outro. Se for um desconhecido então… parabéns! Talvez você tenha encontrado uma felicidade diferenciada. Uma felicidade que, por mais diferente de qualquer sentimento humano moderno, está muito mais ligado à aquela criança e àquele velhinho do que você possa imaginar. Pense nisso.

Fonte: https://cronicassimples.wordpress.com/

Postagem feita pelos alunos do 2ºB
 
 

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Leia esta crônica de Martha Medeiros

 FIZERAM A GENTE ACREDITAR

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”, duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, nem contaram que ninguém vai contar. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz se apaixonar por alguém.

Professora Rosane Costa

Como escrever uma crônica?

Um dos gêneros da narrativa na qual podemos identificar a apresentação de acontecimentos, sem que haja a elaboração e o aprofundamento encontrados em uma narrativa, é a crônica.
A crônica pode receber diferentes classificações, dependendo do tema por ela desenvolvido. Assim, fala-se da crônica mundana (trata de fatos ou acontecimentos característicos de uma sociedade), lírica (expressão de um estado de espírito do cronista), filosófica (reflexão a partir de um fato ou evento), humorística (visão irônica ou cômica dos fatos apresentados) e jornalística (apresentação periódica de aspectos particulares de notícias ou fatos; pode ser policial, esportiva, política, etc.).
De seu surgimento aos dias atuais, a crônica ganhou prestígio entre nós e pode-se até dizer que constitui um gênero brasileiro, tal a naturalidade e originalidade com que aqui se desenvolveu. Entre os muitos escritores que se destacam como autores de crônica estão Machado de Assis, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rachel de Queiroz, Lourenço Diaféria, Luis Fernando Verissimo, Marcos Rey, Mário Prata.

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