Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial.
Vou chegando, enquanto cevo o amargo de
minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do
sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e
a coragem para o entrevero do dia que passa.
Eu bem sei que qualquer guasca, bem
pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da
vida, se não se estriba na proteção do Céu.
Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do sol:
"Tomara que todo o mundo seja como irmão!. Ajuda-me a perdoar as afrontas e não fazer aos outros o que não quero para mim".
Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas
canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase se querer, em me
solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e
caborteiro...mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito!
Ajuda-me, Virgem Maria, primeira prenda do
Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de
conversa, vou te dizer meu Deus, mas somente pra ti, que tua vontade
leve a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu.
Amém.
D. Luiz Felipe de Nadal,
Bispo de Uruguaiana
Nenhum comentário:
Postar um comentário